quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ergoespirometria

Na semana passada, me submeti ao exame chamado ergoespirometria que é um exame de esfoço realizado com uma máscara para medição das trocas gasosas. O objetivo é avaliar a aptidão cardiorrespiratória através da determinação de algumas variáveis, dentre as quais as mais importantes são:
  • VO2 máximo: quantidade máxima de oxigênio que o sistema cardiovascular pode transportar para seus músculos e que eles podem então usar para produzir energia;
  • Limiar anaeróbio: indica até que ponto o sistema oxidativo está sendo suficiente para gerar energia para a atividade física e em que ponto as fontes energéticas anaeróbias começam a entrar em ação de maneira mais expressiva. Sempre que as fontes anaeróbias entram em ação por mais de dez segundos temos formação de ácido láctico de maneira acentuada. Em termos práticos, isso significa que você vai ter dores musculares no dia seguinte.
Na prática, significa que pessoas sedentárias possuem um limiar anaeróbio mais baixo do que atletas, o que significa que elas vão começar a metabolizar ácido lático com menos carga do que atletas.

Nos treinos para distâncias médias e longas, o objetivo é realizar o mesmo esforço com menos batimentos cardíacos (bpm). Então, à medida que a pessoa vai se condicionando, ela consegue realizar o mesmo exercício com menos esforço. Neste processo, o aumento da velocidade de treinamento será natural.

Outros fatores analisados durante a ergoespirometria são possíveis arritmias durante o exercício, ECG (eletrocardiograma), pressão sanguínea, ventilação pulmonar. Durante o exercício, a inclinação da esteira é aumentada em 1,25%/min e aguentei ficar lá por 10 minutos e 06 segundos, chegando a uma inclinação de 12,5%.

Para minha minha idade e IMC (relação entre peso e altura), meu VO2 máximo foi 48,45 ml/kg/min, quando o previsto seria 40,55 ml/kg./in. Com isso, o resultado foi aptidão cardiorrespiratória excelente, pois o oxigênio está sendo bem distribuído para o meu corpo. A frequência cardíaca do meu PCR (ver abaixo) ficou em 174 bpm, ao invés dos 165 bpm previstos para minha idade, o que também é muito bom, porque posso apertar mais os treinos. Outros itens que constam no laudo são:
  • VO2 do limiar anaeróbio, que no meu caso deu 25,09 ml/kg/min (correspondendo a 51,87% do VO2 máximo). De acordo com [1], a razão do VO2 no limiar anaeróbico e o VO2 máx determina o grau de condicionamento físico de um indivíduo. Assim, essa razão abaixo de 40% indica uma provável patologia, abaixo de 50% sedentários, entre 50% e 60% ativos, entre 60% e 70% treinados, acima de 70% atletas bem condicionados. Quanto maior o VO2 no limiar, melhor será o resultado em uma prova de longa duração.
  • VO2 do ponto de compensação respiratória (PCR), que é o mesmo que limiar anaeróbio, que foi de 41,41 ml/kg/min(correspondendo a 85,5% do VO2 máximo). O ponto de compensação respiratória (PCR) é onde o exercício se torna desconfortável e estabelece a fronteira entre o exercício intenso estável e o pré-exaustivo [2].
Espero ter esclarecido alguns pontos mais relevantes. Vou levar o laudo para o médico e vou buscar mais informações, mas em tempos de Google, já vou com perguntas mais direcionadas.

Referências:
[1] http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=2858
[2] http://www.just.com.br/news/abril09.doc
[3] http://www.calendarioamigavel.org/sanches.htm
[4] http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=616

2 comentários:

  1. Caraca, Paty!

    Você já sabe muito mais que eu sobre condicionamento físico! Parabéns!
    Fiquei feliz;

    beijos
    Laércio

    ResponderExcluir
  2. Oi Xocó!
    Sou uma estudante dedicada e costumo ir a fundo nos assuntos que me interessam :)
    Beijão!

    ResponderExcluir