terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pilates

Comecei no pilates em 06 de junho de 2007, porque o meu sedentarismo, aos 28 anos, já estava me incomodando. Unindo o útil ao agradável, o plano de saúde da empresa onde eu trabalhava era aceito na clínica onde pratico pilates, resultando em R$ 0,00 de gastos. Para evitar perder as aulas quando era necessário trabalhar horas extras, coloquei em um horário estratégio: na hora do almoço, duas vezes por semana.


Figura 1: Euzinha praticando um abdominal infra.

Confesso que eu não sabia exatamente como eram as aulas, mas sempre ouvi bons comentários a respeito e como era 0800, eu não tinha nada a perder.

Figura 2: Bola suíça: disponível em vários tamanhos.

Em primeiro lugar, há muita diferença entre aulas feitas em academias (geralmente em grupo) e aulas feitas em studio. Em studio, modalidade que faço, temos um acompanhamento individualizado, sendo que cada profissional só pode atender, no máximo, seis alunos. Com isso, você conversa com o fisioterapeuta sobre os seus objetivos e necessidades e ele fará o treino exclusivamente para você. Em academia, pelo que ouço, há aulas de "pilates" (chamado de pilates solo) em que todos fazem juntos. Entretanto, uma bola suíça (figura 1) não é suficiente para caracterizar uma aula de pilates. Há diversos aparelhos e equipamentos específicos da prática. 
Figura 3: Cavalo, um dos aparelhos do pilates.

Alguns dos objetivos do pilates são: resistência, flexibilidade e força. Cada exercício pode focar em um ou mais desses itens. Já ouvi diversas pessoas achando que nas aulas de pilates são realizados apenas alongamentos. Isto é pura falta de informação, talvez transmitida porque uma das consequências de praticar pilates é tornar-se flexível.

Segundo Joseph Pilates, criador do método, os exercícios do seu método devem obedecer seis princípios:
  • concentração: isso abrange a consciência corporal, ou seja, prestar atenção no exercício que se está fazendo, estando atento à respiração, postura.
  • controle: os exercícios costumam ser exercidos de uma forma mais lenta do que em aulas de musculação. Assim, o aluno precisa ter um controle preciso dos seus movimentos;
  • centralização de força: o centro de força é o abdômen, pois quando a musculatura desta região está suficientemente forte, a coluna vertebral é estabilizada. 
  • Fluidez: a velocidade de contração e relaxamento é igual, levando a movimentos fluidos;
  • Precisão: o exercício vai trabalhar, de forma concentrada, o grupo muscular que é o objetivo do exercício, ou seja, evitando compensar com outros grupos musculares que não são o alvo da prática;
  • Respiração: expiração lenta ao fazer a força durante o exercício, de forma a contrair o abdômen e ativar o centro de força;

    Figura 4: Cama, um dos aparelhos do pilates, bastante versátil.
O pilates é super democrático, pois qualquer pessoa pode praticar, desde crianças até idosos. Isto não significa que os treinos são os mesmos, pois cada um faz de acordo com os seus limites. Molas são utilizadas com mais frequência, em substituição aos pesos, de forma que molas mais resistentes são equivalentes a pesos maiores. Isto não exclui, entretanto, o uso de caneleiras e halteres. Há atenção constante com as articulações, coluna vertebral e postura, evitando a sobrecarga e problemas decorrentes, como hérnias de disco, lesões.

Figura 5: Cadeira. Neste aparelho,
é possível fazer exercícios de braço, perna, glúteo, abdominal.
 Além de ser personalizada, uma aula de pilates nunca é igual à outra. Cada aparelho pode ser utilizado de inúmeras formas, o que resulta em uma série de exercícios diferentes para cada grupo muscular. Somente para tríceps, por exemplo, lembro-me agora de 8 formas diferentes de realizar.

Comecei a ter resultados visíveis a partir do quarto mês. Os resultados são mais lentos do que na musculação e o objetivo não é a hipertrofia, mas ter a musculatura tonificada, embora a hipertrofia ocorra em menor proporção. Como praticante há quase 4 anos, estou muito satisfeita com os resultados e recomendo. Nunca fiz academia e não consigo fazer um paralelo entre as modalidades. Digo, entretanto que meu corpo se modificou bastante com o pilates, estou feliz e adoro!

Figura 6: Aparelho chamado de reformer.

O pilates me auxiliou muito na corrida, porque eu já tinha a musculatura resistente quando iniciei e o impacto não foi grande. Desde o início, é raro eu sentir dores musculares na prática da corrida, antes disso eu perco o fôlego!

Vale ressaltar que já saí há muito tempo da empresa onde eu trabalhava quando iniciei as aulas de pilates, mas não consegui largar!

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