segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dicas de viagem à Europa para iniciantes

Esta foi a minha primeira viagem para a Europa e gostaria de compartilhar a minha experiência de planejamento porque poderá ser útil a outras pessoas.

A idéia desta viagem começou há cerca de um ano, porque eu estava buscando novas experiências e motivações para mim. Comecei a pesquisar a viabilidade disso, afinal não tenho dinheiro sobrando.

As cidades que eu queria visitar já estavam escolhidas: Roma e Paris. Na verdade, meu sonho era conhecer a Itália porque é o berço da civilização ocidental e respira cultura, além de eu adorar o povo italiano por sua alegria e a sua comida. Paris veio depois, aproveitando a viagem, afinal em 15 dias daria para fazer os dois.

O primeiro ponto que eu gostaria de enfatizar é a duração da viagem. Ouvi de algumas pessoas: "Para viajar para a Europa, no mínimo um mês". Ignorem esse tipo de afirmação, pois acredito que deriva dos altos preços de passagens aéreas do passado. Além disso, alguém que afirme isso deve estar em excelente forma ou então aproveitar a viagem de uma maneira completamente diferente daquela que eu optei: eu andei todos os dias, desde a manhã até a noite e mesmo estando em forma, devido à prática de exercícios físicos regulares, eu me cansei. Há também os brasileiros deslumbrados que querem conhecer a Europa toda em apenas um mês, mas desta forma, não se conhece realmente as cidades, apenas se tira fotos para dizer que esteve lá. Logo, 15 dias é um período bastante razoável e foi o que escolhi para mim.

A escolha da companhia aérea também é importante e o meu critério foi o principalmente o preço. Assim fui pela Air Europa, que eu ainda não conhecia. Outro aspecto que considerei foi o multi-leg, ou seja, poder chegar por um país e retornar pelo outro e até mesmo fazer paradas intermediárias sem grande ônus. Muitas pessoas não sabem disso porque não é o comum e nos sites das companhias isto fica meio oculto, geralmente nas opções avançadas. No caso da Air Europa, o site brasileiro não possui esta opção e tivemos que ir à loja da companhia pessoalmente. Minha experiência nesta companhia é que as poltronas são muito apertadas, acho que até mais do que a Gol ou então eu senti mais devido à longa duração da viagem. Entretanto, consegui economizar cerca de R$ 700,00 com esta companhia. Vale ressaltar que comprei as passagens com cinco meses de antecedência. O programa de milhagens da companhia também foi considerado na análise e os pontos só podem ser utilizados em viagens pela Europa, mas pesando-se o custo benefício, preferi economizar a grana ao invés de optar pela TAM, por exemplo. A conclusão é que eu repetiria a escolha.

O período da viagem foi definido por mim devido à estação do ano: primavera. Para quem não sabe, o verão Europeu é escaldante, além das cidades estarem lotadas e os preços maiores. Então, vários blogs e sites de viagem recomendam este período. Assim, optei pelo período mais próximo a junho possível, de forma a não sofrer com o frio. Na França, sentimos bastante frio em alguns dias, mas na Itália foi calor o tempo todo (exceção feita à noite, que fica mais fresquinho). Depois, fiquei sabendo que esta é a melhor época do ano para ir à Itália, uma vez que o calor lá é insuportável no verão.

O próximo passo foi escolher hospedagem, que foi a parte mais complicada porque não conhecíamos os locais. O site Bookings.com foi de grande ajuda nesta tarefa. Para quem não conhece, este site possui milhares de opções de hospedagem por todo o mundo, com comentários dos usuários e notas atribuídas a critérios como localização, limpeza, conforto, etc. Lá é possível fazer reservas sem custo e realizar o cancelamento com até 48 horas de antecedência. Então, após uma minuciosa pesquisa, também nos blogs e guias de viagem, consegui encontrar uma boa localização em Roma: Trastevere. A maioria das pessoas optam por fica hospedadas na região da Termini, que é a estação central da cidade, entretanto dizem que à noite é uma região esquisita. A pesquisa valeu muito a pena e a satisfação com a localização e hospedagem foi total. Quanto à Paris, inicialmente reservamos um hotel em Montmartre, mas amigos nos informaram que não era uma região tão boa e confirmamos ao conhecer. Faltando cerca de um mês, encontramos uma opção com o mesmo preço no bairro Tour Eiffel, bem pertinho da torre. Em Paris, deve-se considerar fortemente a proximidade de uma estação de metrô do hotel porque a cidade toda está cortada por linhas de metrô.

Depois de ter definido todas essas coisas, parti para os roteiros dia a dia, pesquisando o que eu queria conhecer. Isto deu bastante trabalho porque fui utilizando o Google Maps para encontrar os locais de interesse e organizar os dias a partir das localizações. Como é perceptível, não quis optar por uma agência de viagens porque não curto excussões e pela breve pesquisa que fiz saía mais caro.

O conhecimento de uma língua estrangeira foi fundamental para não passar apertos. No meu caso, tenho fluência em inglês, e mesmo na França isto não foi um problema. Além disso, também estudei francês por livros para viagem e isto também foi útil, até mesmo para introduzir uma conversa e depois entrar com o inglês. Então, quem optar por ir sem excussão deve levar isso em conta.

Essas são dicas gerais da viagem, mas entrarei em mais detalhes por cidade nos próximos posts.

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