terça-feira, 12 de abril de 2011

Escolhendo vinhos

 

Sempre que vou ao supermercado, dou uma passadinha na seção de vinhos em busca de rótulos com bom custo benefício para serem consumidos no dia a dia. Após olhar vários, vi o italiano Boccantino Montepulciano D'Abruzzo DOC 2009 a R$ 19,00 a garrafa. Confesso que conheço pouco vinhos italianos, porque até as castas são diferentes das tradicionais, como Cabernet Sauvignon, Carmenére, Malbec, mas uma informação chamou a minha atenção no rótulo: DOC, que significa Denominazione di Origine Controllata. Em resumo, isto significa que há um cuidado maior na elaboração do produto e é um bom indicativo de qualidade.

Outra informação do rótulo que analisei foi o teor alcóolico que é de 12,5% Vol., indicando que não é um vinho muito "forte". Para efeitos comparativos, os vinhos chegam a 15% Vol. (até hoje só encontrei até 14,5% Vol.) são os mais alcóolicos e este valor máximo se deve a limites inerentes ao processo fermentação, já que as leveduras morrem quando a concentração de álcool chega a este nível. Assim, concluí que poderia ser uma boa compra e estou constatando agora que realmente foi. A safra de 2005 deste vinho foi bastante elogiada no blog Vinho para Todos.

A minha opinião leiga é que é um vinho equilibrado, leve, sem taninos fortes (que travam a boca). Ao meu paladar, assemelha-se a um Pinot Noir, que é um dos meus preferidos, depois dos Carmenére. Então, compro outra garrafa dessas com tranquilidade. 

Um outro vinho italiano que experimentei foi o Bolla Valpolicella. Ele tem características semelhantes e graduação alcóolica igual ao Boccantino, entretanto este possui melhor personalidade na minha opinião. O Bolla é menos marcante, mas tão leve quanto.




Outra característica que engana bastante na escolha dos vinhos é o país de origem. Por exemplo, a França é um país conhecido pela alta qualidade dos vinhos produzidos, entretanto ao ver um rótulo francês, observe se não é um Vinho de Mesa, que é a classificação mais inferior de vinhos. Muitas vezes, chegam a um preço alto aqui no Brasil devido aos custos de importação, mas trata-se de um vinho de baixa qualidade.

No dia a dia, costumo optar pelos chilenos, que geralmente oferecem o melhor custo benefício, já que há ótimas vinícolas no Chile e os vinhos ainda conseguem chegar aqui a bons preços. Geralmente, opto pelos Carmenére (uva muito bem adaptada ao terroir chileno) ou Cabernet Sauvignon. Tratando-se de vinhos argentinos, a uva típica é Malbec, entretanto são mais encorpados e não curto tanto.

Depois de algumas taças de Boccantino, vou dormir como um anjo :)

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