quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Prazeres democráticos e aristocráticos

O ano de 2010 foi pautado por bastante autoconhecimento e algumas das minhas fontes foram os livros, textos, programas e vídeos de Flávio Gikovate. Compartilho com vocês um grande aprendizado que tive sobre os prazeres democráticos e aristocráticos.


"Os prazeres sempre têm duração limitada porque implicam sensações relacionadas com mudanças de patamar. Os prazeres positivos costumam durar o tempo no qual estamos expostos a dada situação.". Com isso, sempre buscamos novas fontes de satisfação, pois os efeitos da mudança de patamar não são permanentes.

Nesse contexto, os prazeres democráticos são aqueles que "não implicam prejuízos ou impedimentos para outras pessoas". Por sua vez, os aristocráticos consistem exatamente no contrário. Os primeiros estão acessíveis a todos e os últimos, apenas a algumas pessoas.

O prazer exibicionista relacionado com a vaidade é aristocrático por excelência, pois condenam à humilhação e, portanto, à infelicidade a maior parte da população. A vaidade está fortemente ligada à competitividade e, assim, há poucos vencedores e muitos perdedores, sendo que "os seus mecanismos estão na raiz das nossas maiores fontes de sofrimento". Exemplos são a necessidade de chamar atenção pela aparência física e bens materiais.

No outro sentindo, os prazeres democráticos podem ser sentidos por todos, sem caráter excludente. Exemplos são os prazeres intelectuais decorrentes do aprendizado, prazeres córporeos como os ligados a exercícios físicos. Se alguma disputa existe, ela é interna: sempre pretendemos avançar e conseguir resultados superiores aos já alcançados. Tais prazeres estão relacionados à autoestima.

"A autoestima depende do juízo que faço de mim mesmo, ao passo que a vaidade
depende da avaliação de outras pessoas. Enfocar a autoestima em vez da vaidade faz todo sentido, já que nos ajuda a depender menos da opinião e dos aplausos dos outros."

Fonte: Gikovate, Flávio. Dá pra ser feliz... apesar do medo. MG Editores, 2007.

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