terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mundo superficial

Estamos vivendo em um mundo de aparências. Ser político conquista as pessoas, a sinceridade não é bem vista. Superficialidade é a palavra. O "melhor" é ser o que esperam que você seja.

O padrão politicamente correto está na moda: ser "ecosustentável", não ter opiniões enfáticas sobre assunto algum, sempre demonstrar estar feliz, "gostar" de todo mundo, usar redes sociais e curtir tudo, falso moralismo. "Falsimpática" é um bom neologismo, não acham? Eu acho isso tudo muito chato. Viver se policiando  para se encaixar nos padrões? Blerg!!!!!

Perfeita a frase da Débora Falabela: "É estranho porque cada vez mais as pessoas têm liberdade, mas o tal do politicamente correto faz com que elas se contenham. O politicamente correto é chato. "

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Barata na mesa, arg!

Sábado à noite, temaki na parte externa do restaurante. Pensem na cena: você está tomando sua roska preferida (no meu caso, jabuticaba), pousa o copo na mesa e vê uma barata te olhando. Reação imediata: um grito, mesa e copo para o alto. Cacos de vidro, pessoas no restaurante te olhando... Ok, expliquei que tudo aquilo havia sido causado por uma cascuda voadora.

Depois, o garçom trouxe outra roska (ele não precisava saber que a outra já tinha acabado) e se desculpou dizendo que a dedetização no dia anterior havia causado frisson entre as baratas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pontualidade baiana

Quem me conhece minimamente sabe que sou uma baiana pontual, quase uma contradição. Por aqui, não é fácil encontrar seres cumpridores de horário e o jeito é tentar se adaptar a essa realidade.

Por ironia do destino, senti na pele a pontualidade baiana (sem ironia) neste sábado no Teatro Jorge Amado. Com atraso de quinze minutos na chegada, achando que iria contar com a flexibilidade típica daqui, a tentativa de entrar falhou! O produtor não permitiu a entrada, alegando que a peça já havia começado. Certíssimo ele, eu faria o mesmo. Fica o aprendizado: os baianos são pontuais no teatro!!! E somente neste caso.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Excesso de informação

Estamos cercados, todos os dias, pelas mais diversas fontes de informação: internet, SMS, outdoors, busdoors, celular, jornais, revistas, anúncios dentro de elevadores e até mesmo em portas de banheiros de bares e restaurantes. Se antes tínhamos que buscar pela informação, hoje ela nos persegue com voracidade!

É muito fácil encontrar respostas para várias de nossas dúvidas e opiniões diversas das pessoas sobre assuntos em geral. Estamos na era da informação. Sob outro ângulo, este excesso pode nos sufocar, o que depende do uso que cada um faz da informação a quem tem acesso. Por exemplo, considerando-se duas pessoas que estejam inseridas em contextos de informação semelhantes, a absorção que cada um faz depende do interesse delas. As mais ávidas irão converter o máximo que puderem em conhecimento, enquanto as outras irão descartar o que não lhes desperte interesse.

Na teoria, quanto mais conhecimento melhor, mas, na prática, isto é uma fonte potencial de estresse. Viver em uma sociedade conectada e bem informada nos incita à competição, afinal hoje fica mais difícil justificar o desconhecimento sobre alguns temas: a informação está ao alcance da sua mão, literalmente. Antes, para entender sobre algum assunto específico, tínhamos que consultar um profissional. Hoje, fazemos uma busca no Google. Há limites para esta facilidade, pois não podemos entender de tudo e as fontes não são sempre confiáveis. Além disso, começamos a nos preocupar em excesso com coisas que não deveríamos.

Precisamos nos policiar sobre esse bombardeio diário. Em alguns casos, a ignorância é uma benção. Não devemos nos cobrar ter tanto conhecimento, apenas aquilo que nos seja realmente útil.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Discernimento

Discernimento é a palavra. Como é bom lidar com pessoas que sabem o que estão fazendo, se comunicam bem, são claras, atentas e inteligentes. Por outro lado, precisar se relacionar com pessoas sem discernimento pode causar prejuízos inimagináveis. Definitivamente, não tenho vocação para isso.

Tenho refletido sobre o fato que quanto mais relações precisamos ter com as pessoas, maior o risco de ter transtornos. A natureza do ser humano é inerentemente complexa. Adicione a isso a necessidade de viver em grupos. Uma única pessoa pode pertencer a vários deles e estar inserido em um grupo requer o esforço para lidar com diferenças. Resumindo-se, quando maior a quantidade de grupos, mais aumenta o potencial de estresse.

Sei que não estou otimista quanto a essas questões hoje e que vários grupos realmente valem a pena, entretanto isto não é sempre verdade. Começo a entender porque as pessoas vão ficando mais seletivas à medida que o tempo passa: elas simplesmente não têm mais vontade de tolerar algumas coisas. É preciso ter discernimento na escolha das relações.