Luiz Caldas, Música Falada

Acabei de chegar de mais um show do projeto Música Falada, que teve Luiz Caldas como convidado no meu teatro preferido: TCA. No ano passado, fui ao de Caetano.

Palco do TCA com Luiz Caldas no Música Falada.

Ao contrário de quando Caetano foi o convidado, Luiz Caldas cantou mais do que falou e isso foi ótimo porque ouvimos várias músicas dele. Em mais uma oportunidade, constato que Luiz Caldas é um excelente músico e toca guitarra muitíssimo bem. No Sarau do Brown deste ano, também pude presenciar o maravilhoso show dele.

Ele abriu a noite com a música "É Tão Bom" tocada no piano, momento que registrei na foto abaixo.

Luiz Caldas tocando "É Tão Bom" no piano.

Várias histórias foram contadas durante o show e uma delas é que Carlinhos Brown tocava percurssão na banda de Luiz Caldas quando ele estava iniciando a carreira.

A outra, e mais surpreendente para mim, é que Luiz Caldas é casado com a mesma esposa e a conheceu quando tinha 15 anos, tem três filhos e uma neta. Ele nasceu em 1963 e, pelas minhas contas, está com cerca de 48 anos. Por sinal, está em ótima forma e dançou a música "Fricote" parecendo uma cobra, se requebrou todo! Isto é um elogio porque o cara foi até o chão de uma forma que muito menino não consegue.

Luiz Caldas se requebrando todo no palco ao som de Fricote.

O único problema foi ter que ficar sentada enquanto a vontade que eu tinha era de sair dançando. Pelo menos no final, eu e várias pessoas matamos a vontade e fomos acompanhar em frente ao palco e ele cantou a música que mais gosto: "O que é que essa nega quer".

Detalhe é que nessa agonia de querer ir para a frente do palco, deixei meu celular cair no chão e se não fosse uma amiga, estaria sem meu filhote agora.

Mais uma vez, valeu demais estar no TCA!

Conhecimento

Continuando as divagações filosóficas sobre temas amplos, vejo que uma das grandes riquezas não materiais que temos é o conhecimento. Uma vez que se tenha adquirido, ninguém pode tirar. 

Com a Internet, a difusão das informações está extremamente democrática, entretanto atentem para a diferença entre informação e conhecimento. Em termos simples, compreendo conhecimento como resultado da informação processada, ou seja, o acesso não basta, é necessário "digerir" a informação e transformá-la em um instrumento útil.

Como observadora atenta do mundo à minha volta, considerando-se pessoas com o mesmo acesso à informação, vejo que o nível de conhecimento é bastante heterogêneo, uma vez que muitos não a retém. Neste contexto, o que diferencia as pessoas é fundamentalmente o interesse por determinados assuntos. Particularmente, admiro muito pessoas que passeiam com tranquilidade por vários temas, o que denota boa cultura geral. Infelizmente, na Terra do Axé (Bahia), se dá pouca importância a isso, o que deixa as pessoas limitadas intelectualmente.

Trabalho

É difícil expressar em palavras a importância do trabalho para mim. Nele, tenho meu porto seguro, minha tranquilidade e o instrumento de várias conquistas. Afinal, infelizmente não nasci rica e tudo que possuo tem origem no meu próprio esforço e, obviamente, na educação que recebi, pois aproveitei cada gota do que me foi dado.

Entrei oficialmente no batente aos 17 anos, quando precisei ser emancipada pelos meus pais no cartório para poder trabalhar e desde então nunca parei. O gostinho de não ter que pedir nada a papai, mamãe, nem a ninguém desde então me dá uma satisfação enorme e não troco isso por nada. Assim, é muito difícil, para mim, compreeder como há pessoas que preferem depender de outrem ao invés de ter sua própria autonomia. Desejo profundamente sempre poder escolher o caminho do trabalho.

Definitivamente, não sou workaholic, pelo contrário, gosto de usufruir muito bem do meu tempo livre, mas sinto prazer em trabalhar quando estou desempenhando uma atividade que gosto e quando sou reconhecida por isso.

Um brinde ao trabalho! Amanhã tem mais :)

Tentando pensar menos

O nome deste blog reflete a grande quantidade de pensamentos que povoa minha mente o tempo todo. Em muitos aspectos da vida, é bastante útil refletir, analisar, criticar e, de certa forma, é uma vantagem competitiva na selva em que vivemos fazer bom uso do nosso mais complexo orgão: o cérebro. Entretanto, há horas que sinto inveja das pessoas que simplesmente vivem sem pensar tanto, enquanto eu sempre estou em busca do caso ótimo, do melhor custo benefício e tento me antecipar a situações difíceis que eu possa evitar. 

Já li um pouco sobre meditação e acho que é um possível caminho para controlar os pensamentos, mas como nada é de graça, um cursinho de uma semana de meditação transcendental custa quase R$ 1.500,00. Fiquei estressada!!! :) 

Hoje ouvi a seguinte frase: "se você fosse ignorante, não iria ter tantas preocupações". Muito animador! Lembrei-me então de um texto recente de Lya Luft citado por um amigo que diz "... quanto mais inteligente se é, mais possibilidade de ser infeliz, porque analisa o mundo, a vida, tudo, e o resultado tende a não ser cor-de-rosa". Juntando-se as duas frases, concluí que se eu fosse burra e ignorante seria mais feliz? E agora? Saindo das conclusões extremadas, Lya Luft encerra o seu artigo assim: "Uma boa rima para felicidade pode ser simplicidade". É isso! As pessoas inteligentes e cultas podem ser felizes sendo simples. 

Na minha concepção, ser simples significa abstrair e pensar que várias coisas não nos competem, eliminar tarefas, compromissos e tudo mais que seja desnecessário para nos deixar satisfeitos. Por onde começar?

Sábado movimentado

Gosto de dias assim, com várias oportunidades de encontrar pessoas que gosto e bater muito papo. Este foi o meu sábado! Começou às 05:30 da matina, hora que acordei e terminou na madrugada de hoje, 03:00, hora que fui dormir!

Tive dois compromissos logo cedo e às 08:15 já estava começando o 3o deles: trabalhar!! Sim, trabalhei ontem e estava feliz, acreditem! Depois de uma manhã produtiva, fui dar um abraço bem apertado na minha vozinha que completou 88 anos ontem! 

Vim para casa almoçar depois disso e trocar de roupa para encontrar um casal de amigos. Conversamos muito, comemos torta e foi ótimo. No início da noite, voltei novamente para casa, para trocar de roupa pela terceira vez e partir! Lá fui eu para o aniversário de meu amigo Willian, o Malarro. Todo mundo estava lá e a noite foi super divertida! Dancei, dei risada, conversei e vim para casa com o astral lá em cima.

Meu aniversário

Já passou de meia noite, mas vale o relato. Este foi um aniversário diferente porque há anos reúno os amigos e comemoro com todos. Até mesmo quando eu estava em BH, comemorava de alguma forma. Entretanto, este ano preferi ficar mais quieta e quebrei a tradição. Passei um aniversário mais introspectivo porque é assim que me sinto hoje e preferi respeitar o meu timing. Não adianta forçar quando a gente não está no ritmo.

Gostaria de agradecer por todas as manifestações de carinho, amor e amizade que recebi hoje. Vocês não sabem o quanto isso me deixa feliz e, especificamente hoje, como isso foi importante para levantar o meu astral. Obrigada mesmo!!!!

Beijão!!!!!

Convenções sociais e datas comemorativas

Ando meio enjoada de convenções sociais e datas comemorativas. Para mim, tudo soa muito artificial e comercial e você praticamente tem a obrigação de seguir o fluxo. Tudo que tem a conotação de dever está me dando arrepios. Às vezes, não dá para fugir, mas sempre que possível, procuro fazer apenas o que tenho vontade.

Amigos

Adoro fases como esta atual em que consigo manter contato com vários amigos ao mesmo tempo. É verdade que muitas vezes virtualmente ou por telefone, mas o importante é estar por perto de alguma forma.

Engraçado é que tem épocas em que a sensação é de estar sozinha no mundo. Parece que coincide, em um mesmo momento, de todo mundo estar com outras ocupações. 

Fases, fases... tudo muda e passa rápido. Vamos aproveitar os momentos bons!

Entorse no tornozelo

Hoje, o tornozelo acordou inchado e no decorrer do dia foi inchando mais. Então, o jeito foi ir ao médico e escolhi a Ortoped, onde o atendimento costuma ser rápido.

O médico diagnosticou entorse e o raio X não deu nada. Traduzindo-se, significa que os ligamentos (cuja função é ligar os músculos aos ossos) se distenderam. Estava com receio de imobilizarem o meu pé, mas não foi necessário :))))

Terei que ficar duas semanas sem correr, mas paciência porque só por não precisar imobilizar o pé, já está lindo. Vendo o lado bom das coisas, estou com diversas atividades e estava precisando abrir mão de uma parte delas por um tempo e tinha dúvida sobre qual escolher. O destino já escolheu e não preciso decidir e ficar com dor de consciência.

TIBUFFFF!!!

Caí feito uma jaca no treino de hoje graças aos buracos de João Henrique. Eu estava correndo, não vi um buraco pequeno no asfalto, pisei em falso, virei o pé e caí no chão ralando a lateral da coxa e a mão. Dei sorte porque vinha um carro atrás de mim e eu caí para o lado oposto, mas se fosse o contrário, poderia ter me machucado de verdade.

O pessoal de clube de corrida Adevan Pereira me ajudou a levantar, me deu gelo para passar na mão e na perna, até que me recuperei e segui. Daí por diante, parei de correr porque não queria forçar o tornozelo que ainda está meio dolorido, então segui com caminhada rápida mesmo.

Espero que meu tornozelo acorde bonzinho amanhã! :)

Domingo lento

Há três domingos não vou correr, devido a outras atividades, mas no próximo, tentarei retomar os treinos na orla. Isto não tem nada a ver com forma física, mas com o bem estar resultante da atividade física logo cedinho, que se propaga por todo o dia.

Hoje mesmo não fui e fiquei sem disposição o dia todinho, numa maresia que me incomoda. Por ser sempre ativa e ter várias atividades o tempo todo, fico me sentindo mal quando estou parada. Nem um livro eu consegui ler hoje, nada de produtivo foi feito.

Liberdade

Tem poucas coisas que são melhores do que ter liberdade e saúde é uma delas. 
Quando falo em liberdade, penso em um conceito bem amplo, que é fazer o que se quer quando se tem vontade e sem restrições nem pressões externas (sejam elas quais forem), apenas submetendo-se aos nossos próprios desejos.

Hoje mesmo, experimentei esta sensação de uma forma bem simples. Deixei meu carro lavando e fui correr, entretanto sempre costumo parar o carro próximo aos locais onde treino, mas desta vez não. Fui caminhando pelas ruas até chegar à praça. Tomei os devidos cuidados de não levar nada de valor e assim me senti muito livre. Em determinados momentos, tive que parar porque a chuva apertava, mas mesmo assim, eu estava me sentindo muito bem, afinal eu não tinha horário apertado, podia me molhar à vontade (eu não ia trabalhar), eu não tinha compromisso com ninguém e estava sem celular! Olha quantas coisas boas em um só momento! Não sei se consigo transmitir a sensação em palavras, mas adorei a manhã de hoje, que só teria sido melhor se não estivesse chovendo tanto.

Pedalar pela orla também causa sensação semelhante, entretanto não tenho visto bicicletas a alugar por lá neste outono/inverno. Pena que Salvador é uma cidade acidentada, quente e quando está fresco, chove. Caso contrário, poderíamos caminhar mais, assim como fiz nas férias, quando andei quilômetros pelas ruas ou pegava metrô, sem me preocupar onde estacionar o carro, com violência ou coisas que nos tiram a liberdade.

Homem piriguete

Eu não sei o que é pior: mulher ou homem piriguete! Como representante do sexo feminino, digo que a segunda opção é simplesmente disgusting.

Adoro observar o comportamento das pessoas, posso ficar horas fazendo isso. Então, seguem algumas conclusões sobre homem piriguete:

1. Rebolativo: mexe mais o quadril do que muita mulher, ao estilo pagodeiro. Chega a dar agonia...
2. Rei da cocada: chega achando que é "o cara".
3. Sem conteúdo: o que esperar de homem piriguete? Nada, afinal ele não vai gastar o tempo dele fazendo coisas culturais e interessantes, a única ocupação dele é ser o pegador.
4. Sem critério: basta ser mulher, porque o importante é a quantidade.

O que não falta em Salvador é homem piriguete...





* O título inicial deste post seria homem nigrinha, mas achei muito pesado e vulgar, entretanto representa bastante esta taxonomia de homem.

Divagações sobre a vida...

Já perceberam que a vida é muito mais complexa do que achávamos quando crianças? Ao contrário do que ouvimos por aí, eu não acho que somos nós que complicamos, acho que são muitas variáveis mesmo, um verdadeiro jogo de xadrez. A cada decisão que tomamos, estamos excluindo a outra alternativa e nunca saberemos se foi a melhor e isso causa uma certa ansiedade na busca pelo caminho a seguir. Obviamente, todo mundo quer acertar.

O que fazer então? Esperar para ver o que acontece? É o jeito... e, caso necessário, seguir novos rumos. Conformismo é que não dá, pelo menos para mim. Certa vez, uma amiga me disse uma frase que lembro até hoje: "quando não sabe o que fazer, simplesmente não faça nada". Em alguns casos, é possível se omitir, mas em outros, a simples omissão já é uma decisão, afinal você escolheu. Pronto, o gato está correndo atrás do próprio rabo! Não tem saída: a vida é feita de decisões e mesmo sem querer, fazemos isso todos os dias.

Estou em uma fase sem religião porque o conformismo apregoado não me satisfaz, além de incompreender a causa de tanto sofrimento no mundo. Acho que nós mesmos temos que tentar fazer as nossas vidas melhores e a espera de que algo venha do céu geralmente traz inércia (ohhhh, bastante cômodo, não?). Também não acredito que somos completamente donos dos nossos destinos, porque há dependências de fatores que fogem ao nosso alcance.

Minha visão de vida perfeita já desmoronou há muito tempo. Acredito em momentos felizes, que devemos aproveitar o máximo e ter o maior número possível deles, mas felicidade plena é uma utopia. Impossível estar feliz o tempo todo. Em um mesmo dia, tem horas que estamos super felizes e, em um momento seguinte, algo te faz ficar arrasado. Faz parte do jogo da vida. Algumas pessoas têm o dom de lidar bem mesmo com as situações negativas, outras nem tanto e as primeiras devem ser exemplos para nós.

Mais uma divagação: sempre tendemos a achar que a grama do vizinho é mais verde que a nossa, mas não é bem assim. De perto, vemos que a vida não é perfeita para ninguém.